Luciene Linhares | 4º período
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Bem, imagina a cena...
Seu cliente aparece na agência com um shampoo de babosa que promete fazer milagres para o cabelo da mulherada. Sabemos que de shampoo o mundo está cheio, não é? É shampoo pra todo tipo de cabelo e problema capilar imaginável! Isto sem falar que o produto em si não possui uma característica marcante na qual você possa pegar carona para divulgar de forma satisfatória. O consumidor com certeza não vai parar para ver e muito menos desejar um produto que tem como atrativo a sua fórmula:
Imagina uma peça publicitária com o slogan:
Shampoo Babosinha ele contém: água, lauril éter sulfato de sódio, lauril sulfato de sódio, dietanolamida de ácido graxo de côco, silicato de alumínio e magnésio, álcool de lanolina, DMDM hidantoína, hidroxipropil metilcelulose, cloreto de sódio, metil e propilparabeno, fragrância, ácido cítrico e corante CI77947.
É aí que você vai usar aquele recurso que a semiótica tanto falava e você talvez não deu tanta importância ao assunto, “Valor Semiótico Agregado”! O próprio nome já diz tudo, você vai agregar valor ao produto que é carente de características, para com isto tornar o produto desejável, através da relação que o produto passa a ter com os valores a ele agregados.
A publicidade neste caso é sugestiva, pois não visa representar as características reais do produto (sua fórmula, no caso do shampoo), mas sugerir características não existentes como propriedades do produto (valores culturalmente aceitáveis e bem vistos).
Sendo assim, uma boa alternativa para colocar o Shampoo Babosinha na cabeça de todo mundo (sentiram o duplo sentido da coisa, né?) é apelar para a relação do shampoo com bons sentimentos.
A luta de uma pessoa para conquistar um diploma, sua correria e no final ela se preparando para a formatura com os cabelos bem fortes e brilhantes e o Shampoo Babosinha de fundo... Presente em todos os momentos!
É isso! Espero ter ajudado! ;)
Ótimo texto. Parabéns Luciene Linhares!
ResponderExcluirAda Guedes